sábado, 14 de maio de 2011

Mulher chefe ainda é minoria

por Tayana Konrath
foto:lucy Mello


Apesar de as mulheres apresentarem, em média, um ano a mais de estudo que os homens, elas ainda não conseguem alcançar tantos cargos de chefia quanto os profissionais do sexo masculino. É o que aponta a Síntese de Indicadores Sociais divulgada pelo IBGE.

As mulheres que trabalham estudaram, em média, nove anos. Já os homens passaram oito anos no banco da escola. As mulheres dominam os cursos universitários do país. Cerca de 57,1% dos estudantes no nível superior são do sexo feminino, contra 42,9% .

E mesmo com tanto estudo, elas ainda não conseguem superar os homens nos cargos de chefia. Enquanto 5,5% dos homens brasileiros ocupam cargos de dirigência no país, 4,2% das mulheres exercem a mesma função.

Segundo a gerente da Macro Auditoria Daniele Setton, para alcançar posições de liderança, as mulheres precisam estudar três vezes mais, trabalhar três vezes mais, e muitas vezes adiar os planos de ter filhos. “Se a mulher chega a um cargo de liderança muitas vezes terá de fazer escolhas, como a de assistir a uma apresentação do filho na escola ou ter de ficar até mais tarde no escritório para entregar um relatório importante” completa Daniele.

O aumento recente da participação feminina no mercado de trabalho resulta, principalmente, da maior inserção de mulheres na faixa etária de 25 a 39 anos e de 40 anos e mais, cujas taxas alcançaram patamares sucessivamente mais elevados, com expansões de 16,5% e 20,1%, respectivamente, desde o início dos anos 90. Nesta década, houve redução apenas das taxas das mulheres com menos de 18 anos, situação bem distinta à da população masculina, para a qual houve queda das taxas de participação em todas as faixas etárias.

Licença Maternidade e a profissão

Com o aumento das mulheres no mercado de trabalho, cresceu também à necessidade de proteger e garantir os direitos dessa mulher durante o período de gestação. Por isso a existe a lei de licença maternidade. A lei que garante às mulheres seis meses de licença-maternidade foi sancionada em agosto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda é preciso a aprovação na Câmara, mas desde já, a ampliação gera muitos questionamentos nas trabalhadoras.

São inúmeros os benefícios, claro, que a mãe e o bebê terão com a ampliação do direito. Só que existe a questão profissional: até que ponto é interessante para a mulher ficar afastada por tanto tempo do mercado de trabalho.

O Brasil não é o único país com uma lei que garante as novas mamães mais tempo com seus filhos, outros países também o fazem.

Mulher no Mercado de trabalho by inovasp

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